As autoridades da região de Alagoas encontraram nesta última terça-feira, dia 15 de abril, o corpo da menina Ana Beatriz, uma recém-nascida de apenas 15 dias de vida, que foi achada dentro da casa de sua própria família, em Novo Lino, interior do estado.
O corpo estava escondido em um armário de madeira na lavanderia, envolto em uma bolsa plástica e próximo a produtos de limpeza. A mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, confessou ter asfixiado a filha com um travesseiro após a bebê chorar incessantemente por dois dias seguidos.
Inicialmente, Eduarda relatou à polícia que havia sido vítima de um sequestro por parte de criminosos, que supostamente teriam levado a criança, o que chamou atenção das autoridades.
No entanto, durante as investigações conduzidas pelos delegados Igor Diego e João Marcelo, a mulher alterou sua versão dos fatos repetidas vezes, levantando suspeitas.
A inconsistência em seu depoimento, somada a informações fornecidas por uma familiar, levou as autoridades a descartarem a hipótese de sequestro e a concentrarem buscas no próprio imóvel.
Após pressão dos investigadores, a mãe admitiu o crime e indicou o local exato onde o corpo estava escondido. Na segunda-feira, um dia antes da descoberta, ela desmaiou em casa após a confirmação da morte da filha e foi transportada de ambulância para um hospital.
Para evitar possíveis retaliações da população, a polícia reforçou a segurança em torno dela. As buscas por Ana Beatriz mobilizaram diversas autoridades por cinco dias, iniciadas na sexta-feira, dia 11 de abril.
Câmeras de monitoramento foram analisadas, mas as pistas decisivas surgiram a partir das contradições no relato da mãe e do testemunho de familiares. O caso gerou comoção na região, com moradores exigindo justiça nas redes sociais e em frente à delegacia.
A polícia segue apurando os detalhes do crime, enquanto a mãe está presa. O corpo da criança foi encaminhado para perícia, e o caso deve ser encaminhado à Justiça em breve.