As autoridades da região de Alagoas estão investigando uma informação que pode mudar o rumo do caso envolvendo a recém-nascida Ana Beatriz, que foi encontrada morta em sua casa, nesta última terça-feira, dia 14 de abril.
A Polícia investiga se a mãe contou com auxílio de terceiros para ocultar o corpo da filha. A jovem, de 22 anos, foi detida em flagrante por ocultação de cadáver e também indiciada por homicídio; a tipificação como infanticídio ficará sujeita ao resultado do exame médico-legal.
O corpo da bebê, foi descoberto enrolado em um saco plástico dentro de um armário. Segundo o delegado Igor Diego, as buscas iniciais na residência não apontaram qualquer indício de um cadáver no local.
Mesmo com o emprego de uma cadela farejadora, que chegou a se ferir durante a operação , os policiais não encontraram vestígios antes de abrir portas, gavetas, guarda-roupas, armários, geladeira e freezer.
“Isso nos leva a considerar a hipótese de que, em algum momento entre a madrugada e o início da manhã, outra pessoa tenha colocado o corpo ali”, explicou Igor em entrevista à TV Globo.
O delegado João Marcello acrescentou que o inquérito agora aguarda os laudos periciais do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML), que devem esclarecer a causa da morte de Ana Beatriz.
Em depoimento, a mãe, identificada como Eduarda Silva de Oliveira, chegou a apresentar três versões distintas: primeiro, alegou ter doado a filha; depois, afirmou que a criança teria se engasgado ao mamar.
Por fim, confessou que, incomodada com o choro constante da bebê, potencializado pelo barulho de um bar nas proximidades, teria asfixiado a menina com uma almofada ao perceber sintomas de dor abdominal.
A defesa de Eduarda Silva de Oliveira ainda não se manifestou oficialmente. O espaço permanece aberto para eventuais esclarecimentos e mais detalhes devem ser divulgados em breve.