Eleito como figura de equilíbrio entre alas progressistas e conservadoras, o Papa Robert Prevost, americano naturalizado peruano, traz visões distintas sobre dois temas sensíveis: imigrantes e casamento gay.
Prevost mantém alinhamento com a linha pastoral de Francisco ao priorizar o acolhimento a migrantes e populações vulneráveis. Durante seus 20 anos no Peru, destacou-se por apoiar imigranes venezuelanos, visitando comunidades carentes e promovendo integração.
Em sua trajetória, visitou regiões remotas, atuou diretamente em áreas periféricas, reforçando o princípio de que líderes eclesiáticos devem caminhar ao lado do povo e serem humildes.
Em discursos, defende que a Igreja deve ser “humilde e próxima dos que sofrem”, refletindo sua crença de que o episcopado não é um “trono”, mas um serviço aos marginalizados.
Sobre relações homoafetivas, Prevost adota posição doutrinária tradicional, visto que em 2012, criticou a “simpatia da mídia por estilos de vida contrários ao Evangelho”, citando explicitamente o “estilo de vida homossexual” e “famílias alternativas”.
As famílias alternativas seriam uniões entre pessoas do mesmo sexo com filhos. Como bispo no Peru, opôs-se à inclusão de discussões sobre gênero em escolas, classificando-a como “confusão artificial”.
Para ele, até o momento, de acordo com suas declarações, o casamento sacramental é indissociável da união entre homem e mulher, seguindo a interpretação tradicional do Catecismo.
Desta forma, ele é considerado como moderado, por adotar algumas ideias progressistas, como defesa dos imigrantes, que é diretamente uma herança de seu trabalho missionário, mas mantém a resistência teológico em relação ao casamento gay.
Nesta situação, é esperado que seu pontificado deva equilibrar abertura social com conservadorismo moral, numa tentativa de unir uma Igreja que passa por momentos delicados em meio a tensões globais. Ele era uma pessoa próxima ao Papa Francisco e segue alguns de seus ideais.