As cachoeiras, que costumam ser um destino de lazer e contemplação da natureza, podem se transformar rapidamente em locais perigosos, especialmente durante a temporada de chuvas. O fenômeno conhecido como “cabeça d’água” é uma das maiores ameaças em áreas fluviais.
Trata-se de um aumento súbito e imprevisível no nível da água, que pode arrastar pessoas e objetos com grande força, pegando todos de surpresa. Isso aconteceu no último sábado, 19 de abril, em Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, e resultou na morte de um casal que estava visitando uma cachoeira na região.
Thássia Almeida e seu marido, Leone Barbosa, estavam com um grupo de amigos na Cachoeira Bocaina, localizada no Parque Estadual Serra do Intendente. O casal, conhecido por suas viagens e pelo amor à natureza, foi arrastado pela correnteza que se formou repentinamente. Apesar de esforços de resgate, os dois não sobreviveram.
O Corpo de Bombeiros recebeu a ocorrência por volta das 19h e iniciou a operação para salvar o grupo. Oito pessoas do grupo foram localizadas e resgatadas com vida por volta da madrugada do domingo, 20, ainda assustadas, mas ilesas.
As equipes de resgate enfrentaram outro surto de “cabeça d’água” enquanto tentavam alcançar o local, o que evidenciou os riscos extremos que esses fenômenos podem representar em áreas de difícil acesso.
O casal foi localizado às 12h do domingo, já sem vida. A tragédia trouxe à tona a urgência de alertas sobre o comportamento das águas durante o período chuvoso e as precauções necessárias ao frequentar áreas de risco, como cachoeiras.
Thássia, que compartilhava sua paixão por viagens em seu perfil nas redes sociais, havia recentemente publicado fotos em sua visita à Cachoeira do Tabuleiro. Sua morte e a de Leone representam não apenas uma perda para a família, mas também um alerta para todos aqueles que buscam a natureza sem entender os riscos envolvidos. Infelizmente, muitos não percebem o perigo até que seja tarde demais.
