O julgamento de Carla Zambelli, deputada federal pelo PL-SP, alcançou seu veredicto final nesta quarta, dia 14 de maio, com uma decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF) que a condenou a 10 anos de prisão.
A sentença foi proferida pela Primeira Turma do STF, que considerou a parlamentar culpada por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em um crime que envolveu falsidade ideológica.
Além da pena de prisão de 10 anos, Zambelli também foi condenada à perda do mandato e ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, valor que deverá ser dividido com Walter Delgatti, hacker que atuou como executor da invasão.
O caso gerou grande repercussão desde que as investigações indicaram que a deputada teria sido a autora intelectual da invasão, com o objetivo de emitir um falso mandato de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, integrante do STF.
O hacker Delgatti, que se declarou culpado, foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão. O processo, que iniciou seu julgamento virtual em 9 de maio, foi concluído em 14 de maio com uma unanimidade dos ministros.
A defesa de Zambelli contestou a forma de julgamento e argumentou que a parlamentar estava sendo condenada sem provas conclusivas. A condenação de Carla Zambelli não é o único processo judicial que ela enfrenta.
Em 2023, a deputada também se tornou ré no STF por outro incidente, no qual foi acusada de sacar uma arma e perseguir o jornalista Luan Araújo durante o período das eleições de 2022.
Esses processos tornam ainda mais complexa a situação política e judicial de Zambelli, que agora enfrenta as consequências de suas ações no cenário político brasileiro. A decisão de hoje marca um marco significativo na política do país, com a condenação de uma figura controversa e de grande visibilidade no Congresso Nacional.