No último dia 13 de maio, foi confirmada a morte de José “Pepe” Mujica, vítima do câncer de esôfago. O falecimento de José “Pepe” Mujica marca uma perda significativa para os movimentos sociais e para todos que enxergavam nele uma referência ética e política.
Mais do que ex-presidente do Uruguai, Mujica foi um símbolo vivo da coerência entre discurso e prática, adotando uma vida simples como extensão de sua crítica ao sistema capitalista e à sociedade de consumo.
Sua trajetória, da militância guerrilheira à presidência da República, consolidou uma figura que transbordava os limites da política institucional, tornando-se um ícone global de resistência e humildade.
Câncer de esôfago: causas e sintomas
O câncer de esôfago é uma enfermidade severa, caracterizada pela proliferação anormal de células malignas na estrutura que conecta a garganta ao estômago. Essa condição pode se desenvolver de forma silenciosa, sem sintomas evidentes nas fases iniciais.
No entanto, à medida que progride, sinais como dificuldade ou dor ao engolir, perda de peso sem causa aparente, rouquidão persistente, tosse constante, sensação de estômago cheio, náuseas, vômitos com sangue e fezes escuras começam a surgir.
Inicialmente, a dificuldade para engolir ocorre com alimentos sólidos, podendo avançar para líquidos, o que demonstra a gravidade da evolução. Entre os principais fatores de risco estão o consumo excessivo de álcool e tabaco, obesidade, refluxo gastroesofágico crônico e o esôfago de Barrett.
A ingestão frequente de bebidas muito quentes também está associada a um risco aumentado de desenvolvimento da doença. O diagnóstico geralmente é feito por meio de endoscopia digestiva alta, exame que permite a observação direta do interior do esôfago e a coleta de amostras para biópsia.
Exames complementares, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, ajudam a determinar a extensão do tumor e a presença de metástases. O tratamento varia conforme o estágio do câncer e pode incluir cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia, radioterapia ou a combinação dessas terapias.
Em casos em que não há possibilidade de cura, o foco do tratamento se volta para o alívio dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida. A prevenção envolve mudanças de hábitos, como evitar o tabaco e o álcool, manter o peso corporal sob controle.
Vale ressaltar que tratar adequadamente condições como refluxo gástrico e realizar check-ups regulares, especialmente em pessoas com fatores de risco, pode evitar o surgimento da doença. A detecção precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso terapêutico.