Nos últimos dias, Donald Trump cumpriu ameaças que havia feito dias atrás e anunciou novo aumento de tarifas contra Canadá, México e China. O presidente dos EUA tem promovido decisões que podem mexer com a economia internacional.
Pouco após o anúncio do presidente dos EUA, líderes dos países afetados reagiram de forma semelhante. Tanto os países norte-americanos de México e Canadá, quanto a China, anunciaram tarifas sobre produtos dos EUA.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foi o primeiro a reagir. Trudeau anunciou novas taxas de 25% sobre produtos importados dos EUA, o que afetaria cerca de US$ 155 bilhões.
“Nossas tarifas permanecerão em vigor até que a ação comercial dos EUA seja retirada e, caso as tarifas dos EUA não cessem, estamos em discussões ativas e contínuas com províncias e territórios para buscar diversas medidas não tarifárias”, disse o primeiro-ministro.
A China anunciou suas medidas logo na sequência, impondo novas taxas de 10% à 15% sobre produtos importados dos EUA, além da suspensão de importação de produtos como serragem e soja.
O país asiático calcula que as novas medidas devem afetar cerca de US$ 21 bilhões da economia dos EUA. Em fevereiro, a China já tinha imposto novas tarifas de 10% sobre petróleo bruto, alguns automóveis, equipamentos agrícolas; além de um aumento em 15% de tarifas sobre gás GNL e carvão.
Por último, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, adotou um tom sereno mas firme contra as tarifas de Trump. Apesar de defender diálogo com o país vizinho, Sheinbaum também reforçou a soberania mexicana e anunciou que, no domingo, novas tarifas serão impostas sobre importados dos EUA.
“Não há razão, fundamento ou justificativa para apoiar esta decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com esta decisão“, declarou a presidente mexicana.