Na madrugada desta quarta-feira (5), uma mulher foi assassinada a tiros em frente à própria residência, localizada no Centro da cidade de São Paulo. A polícia busca pelo ex-companheiro da vítima, apontado como o principal suspeito do crime, que é tratado como feminicídio.
Imagens captadas por uma câmera de segurança registraram o momento exato do ataque, permitindo que os investigadores analisem detalhes que possam auxiliar na identificação e na captura do autor.
O vídeo mostra o suspeito se aproximando da mulher e a encurralando contra uma parede. Em seguida, ele saca uma arma e dispara contra a vítima, que cai no chão sem vida. Logo após o crime, ele foge do local em um carro.
Familiares da vítima relataram à polícia terem ouvido três disparos. Segundo informações dos filhos da mulher, o agressor seria um motorista de aplicativo de 56 anos, que já havia se relacionado com ela por aproximadamente um ano.
O homem não aceitava o término do namoro e, conforme relatos, vinha ameaçando a ex-companheira para tentar reatar o relacionamento. A vítima possuía uma medida protetiva contra ele, concedida pela Justiça, mas isso não impediu que o crime ocorresse.
Antes de ser morta, a mulher teria sido chantageada pelo ex-companheiro, que tomou seu celular e exigiu que ela retirasse a medida protetiva como condição para devolver o aparelho.
Na tentativa de recuperar o telefone, a vítima saiu de casa, mas ao retornar, foi surpreendida pelo agressor, que a alvejou e fugiu em seguida. Os filhos da mulher, apesar de não presenciarem o crime diretamente, reconheceram o suspeito nas imagens de segurança que registraram o assassinato.
Até o momento, a defesa do homem não foi localizada para se manifestar sobre o caso. O crime foi oficialmente registrado como feminicídio e segue investigado pela Polícia Civil de São Paulo. Apesar das buscas, o suspeito segue foragido.
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O histórico criminal do homem aponta para outros atos de violência contra mulheres. Em 1989, ele foi denunciado por agressão por uma ex-noiva, mas não chegou a ser preso.
Em 2003, foi condenado por porte ilegal de arma e, dois anos depois, em 2005, foi acusado de matar uma ex-companheira na Zona Leste da capital. De acordo com informações do Ministério Público, ele atraiu a mulher sob o pretexto de devolver o celular dela e, em seguida, atirou contra sua cabeça.
A Justiça decretou sua prisão preventiva em 2006, mas ele só foi capturado no ano seguinte. Em 2011, foi condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio dessa ex-companheira.
No ano seguinte, obteve progressão de regime para o semiaberto e, em 2015, foi colocado em regime aberto devido ao bom comportamento. A pena deveria ser cumprida até 2020, mas, mesmo com esse histórico, ele voltou a cometer outro crime de feminicídio.
O caso reacende o debate sobre a eficácia das medidas protetivas e a reincidência de crimes cometidos por agressores que, apesar de condenados, acabam sendo libertados e voltam a representar perigo para suas vítimas.