Na manhã desta terça-feira (9), a descoberta dos corpos de Renan Douglas, de 16 anos, e Wendys de Caldas, de 24 anos, chocou a comunidade de Bayeux, localizada na Região Metropolitana de João Pessoa, capital do estado da Paraíba.
Os jovens foram encontrados decapitados, com as mãos amarradas, enterrados em uma cova rasa no Rio do Meio. A trágica descoberta lançou luz sobre um caso de desaparecimento que havia começado no dia 4 de julho.
Renan e Wendys, eram residentes de João Pessoa, estavam desaparecidos desde que saíram de uma empresa que compra e vende sucata na localidade de Bayeux, para comprar materiais.
De acordo com as informações repassadas pelos agentes da polícia, os corpos apresentavam diversas marcas de perfurações de tiro, e um facão próximo ao local sugere que pode ter sido usado tanto para feri-los quanto para decapitá-los.
Diogo Garcia, delegado responsável pelas investigações sobre o caso de extrema violência, a motivação do crime pode estar ligada a disputas entre facções criminosas rivais, visto que os jovens moravam em uma área dominada por uma facção diferente daquela que controla o local onde foram encontrados.
A busca pelos jovens envolveu a participação da cadela Thalia e dos socorristas do Corpo de Bombeiros, que foram cruciais para localizar os corpos. A presença de urubus também ajudou a polícia a definir a área de busca.
De acordo com os relatos de familiares das vítimas, Renan e Wendys haviam recentemente se juntado para trabalhar comprando e reformando restos de paletes para vender, um empreendimento que começou há cerca de um mês.
Renan saiu de casa na tarde de quinta-feira, após pegar R$ 200 emprestados de sua mãe para comprar material na sucata. Ele havia levado o almoço para sua mãe, que trabalha próximo à casa deles, antes de seguir para Bayeux. Testemunhas na sucata confirmaram que os jovens chegaram por volta das 14h e saíram após as 16h, sendo vistos pela última vez nesse intervalo.
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O desaparecimento foi registrado junto as autoridades competentes na última sexta-feira (5). A investigação busca agora esclarecer os detalhes do crime e identificar os responsáveis, trazendo à tona a brutalidade das facções criminosas
Nesta última segunda-feira (8), os familiares dos jovens promoveram um protesto em um dos trechos da rodovia BR-101, que corta a cidade de João Pessoa, pedindo agilidade nas investigações. A rodovia ficou interditada nos dois sentidos.
