Na última segunda-feira (17/02), o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a convocar apoiadores para participar de uma manifestação em março. No entanto, Bolsonaro mudou um pouco o tom de sua convocatória.
As convocações para a manifestação de março já vinham sendo feitas há algum tempo. Nas últimas semanas, Bolsonaro e aliados chegaram a anunciar a manifestação como um protesto em nome do impeachment de Lula.
Os pedidos de impeachment eram encabeçados principalmente por aliados do presidente, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A justificativa era o imbróglio em torno do projeto pé-de-meia.
No entanto, as alegações parecem ter perdido força junto com um ímpeto inicial para tocar o pedido de impeachment contra o presidente. Nessa esteira, as convocações para a manifestação de março também mudaram.
Agora, Bolsonaro não adotou o discurso pró-impeachment, mas anunciou a manifestação como um “Fora Lula 2026”, demostrando que a oposição parece ter desistido da ideia inicial.
Além de falar na derrota de Lula nas urnas em 2026, Bolsonaro também defendeu que a manifestação seja em favor da Lei de Anistia, que pode favorece-lo. Em vídeos, Bolsonaro afirma que a manifestação será por “liberdade de expressão, segurança, custo de vida, ‘Fora Lula 2026’ e ‘anistia já'”.
Temendo novas complicações com a Justiça, Bolsonaro também chamou a atenção dos participantes das manifestações para os temas. Isso porque os protestos podem pesar contra Bolsonaro, caso adote-se um discurso pró-golpe ou pró-ditadura, como em outros momentos.
Bolsonaro aguarda a decisão da PGR que pode torna-lo réu por crimes de golpe, por todo o contexto pré e pós derrota nas eleições de 2022. O ex-presidente já foi indiciado pela Polícia Federal, mas a denúncia agora cabe a PGR, que pode ou não formalizar a denúncia ao Supremo Tribunal Federal.