Com o fim do ano cada vez mais próximo, o presidente Jair Bolsonaro continua tomando ações pontuais e silenciosas a partir da presidência. Prestes a deixar o cargo, Bolsonaro tomou mais uma decisão que chamou a atenção.
Por meio de decreto no Diário Oficial, Bolsonaro determinou a exoneração de cargo de Silvinei Vasques. O, agora, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, continua servidor público, mas deixa o cargo de chefia na Instituição.
Vasques é investigado por blitze realizadas durante o dia de segundo turno das eleições, também responde por ter usado as redes sociais para pedir voto em Bolsonaro. A figura de Vasques é polêmica no comando da corporação desde sua nomeação.
Silvinei é investigado por ter realizado bloqueios nas estradas durante o segundo turno das eleições. A ação era vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas ainda assim foi colocada em prática em vários pontos do país, especialmente no nordeste.
A ação chamou muito a atenção, especialmente porque o nordeste era sabidamente uma região de maioria absoluta de votos em Lula. No dia, a expressão “Deixem o Nordeste Votar” chegou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
Além disso, Silvinei responde a um processo por improbidade administrativa. Neste caso, Silvinei pode ser punido por ter usado as redes sociais para pedir votos em Bolsonaro, ação vetada para servidores de sua patente.
O caso foi denunciado pelo Ministério Público Federal, que argumenta que Vasques fez “verdadeira propaganda político-partidária”. Silvinei nunca escondeu sua proximidade com o presidente Bolsonaro.