Neste último domingo, dia 13 de abril, Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, precisou realizar à sexta intervenção cirúrgica na região abdominal, decorrente de sequelas do ataque sofrido durante a campanha eleitoral realizada no ano de 2018.
O procedimento, considerado o mais extenso e delicado até o momento, durou aproximadamente 12 horas e foi finalizado por volta das 21h20, conforme anunciado por Michelle Bolsonaro, esposa do ex-mandatário, que destacou o êxito da operação nas redes sociais.
Atualmente internado no Hospital DF Star, em Brasília, Bolsonaro foi transferido de Natal (RN) no sábado (12/04), após manifestar intensa dor abdominal durante agenda política no interior do Rio Grande do Norte. E
Em comunicado oficial, a equipe médica informou que o paciente permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado clínico estável, sem relatos de dor, sob monitoramento contínuo e recebendo suporte nutricional e profilático contra infecções.
A cirurgia, classificada como de alta complexidade, visou corrigir uma obstrução intestinal causada por aderências, tecidos cicatriciais formados após traumas ou procedimentos prévios.
Essas estruturas, que atuam como “pontes fibrosas” entre órgãos ou alças intestinais, podem impedir a passagem de alimentos, exigindo intervenção cirúrgica para liberação.
O método utilizado, laparotomia exploratória, envolve a abertura da cavidade abdominal para identificação e correção das áreas afetadas, seguida de reconstrução da parede muscular.
Este é o sexto procedimento do tipo realizado pelo ex-presidente desde o atentado de 2018. A intervenção mais longa anterior ocorreu em janeiro de 2019, com sete horas de duração, devido à presença massiva de aderências.
Desta vez, a previsão de complexidade já era esperada pelos médicos, que alertaram sobre os desafios impostos pelo histórico cirúrgico acumulado devido as consequências da facasa.
Em mensagem enviada a parlamentares aliados, Bolsonaro atribuiu a necessidade da operação às consequências da facada e expressou confiança na equipe médica.
A transferência para Brasília, decidida por Michelle após debates sobre a melhor localidade para o tratamento, ocorreu em aeronave equipada com estrutura de UTI. Ao desembarcar, Bolsonaro foi visto caminhando e acenando a apoiadores.
O boletim médico final reiterou que a obstrução corrigida derivava de uma torção no intestino delgado, resolvida durante a cirurgia. O documento enfatizou a ausência de complicações intraoperatórias ou necessidade de transfusão sanguínea.