Acidentes domésticos envolvendo crianças pequenas continuam a preocupar especialistas e autoridades de saúde, especialmente em áreas rurais onde a supervisão pode ser mais limitada e os objetos potencialmente perigosos não são devidamente isolados.
Em um cenário marcado pela rotina simples e pelo convívio familiar, situações irreversíveis podem acontecer em questão de segundos, revelando o quanto a prevenção é essencial para garantir a segurança infantil.
Na zona rural do município de Touros, que está localizado no litoral do estado do Rio Grande do Norte, uma menina de apenas 1 ano e 9 meses perdeu a vida após um fogão cair sobre ela. O incidente ocorreu na tarde da última segunda-feira (23), em um momento em que a criança brincava sozinha no pátio da casa da família.
Segundo relatos do pai aos profissionais do hospital, o eletrodoméstico era antigo, estava sem uso e permanecia no local, o que sugere um possível descuido quanto à armazenagem de equipamentos fora de funcionamento.
A ausência da criança foi notada após certo tempo, quando os familiares perceberam que ela não estava mais visível. Ao procurá-la, encontraram o fogão tombado. Após levantarem o equipamento, encontraram a menina inconsciente.
O pai a carregou nos braços até o hospital regional de João Câmara, distante cerca de 25 quilômetros, com o auxílio de um vizinho que os transportou. A chegada à unidade de saúde foi registrada às 15h40, mas a criança já não apresentava sinais vitais.
Apesar das tentativas de reanimação, a equipe médica não conseguiu reverter o quadro. De acordo com o Instituto Técnico-Científico de Perícia, o corpo foi encaminhado para exames em Natal, onde permanecia até a manhã de terça-feira sem identificação oficial.
O laudo inicial apontou ausência de ferimentos visíveis no rosto e abdômen, mas revelou uma mancha roxa na escápula e distensão abdominal. O acidente reforça a importância da supervisão constante de crianças pequenas e da retirada ou segurança adequada de objetos perigosos dentro e fora de casa.
Em locais onde o acesso a equipamentos médicos é limitado pela distância, cada minuto se torna ainda mais crucial em situações de emergência. Não há informações sobre o sepultamento da criança.