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Bebê de 4 meses perde a vida de maneira trágica em creche clandestina no Paraná

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O caso gerou uma onda de revolta na comunidade local.

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A morte de um bebê de quatro meses em uma creche clandestina de Curitiba gerou comoção e revolta nesta segunda-feira, 19. O caso ocorreu no bairro Tatuquara e escancarou a fragilidade do sistema de atendimento à primeira infância na capital paranaense.

A criança, que havia começado a frequentar o local há apenas uma semana, se engasgou após ser alimentada com mamadeira e, segundo a Polícia Civil, já estava sem vida quando o socorro médico chegou.

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O imóvel, onde cerca de 20 crianças eram cuidadas, não tinha qualquer autorização para funcionar como creche. Os responsáveis pelo local, um homem e uma mulher, foram presos em flagrante.

De acordo com o delegado Fabiano Oliveira, a criança foi colocada para dormir de lado em uma cama de solteiro após ser alimentada. Minutos depois, a cuidadora percebeu que o bebê apresentava sinais de engasgamento, com os lábios já roxos.

Tentativas de reanimação foram feitas, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas sem sucesso. Após a confirmação da morte, a população do entorno reagiu com indignação e chegou a tentar incendiar o imóvel. A polícia foi acionada para conter a revolta e isolar a área.

O espaço, segundo a investigação, operava de forma irregular há cerca de dez anos. As demais crianças foram retiradas do local, e aquelas cujos responsáveis não foram encontrados foram encaminhadas ao Conselho Tutelar.

O advogado do casal alegou que o espaço não era uma creche, mas prestava “atendimento privado”. A Polícia Civil continua investigando o caso e ainda deve definir se o casal responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) ou doloso (com intenção).

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O episódio levanta questionamentos urgentes sobre a falta de vagas em creches públicas de Curitiba. Dados oficiais apontam que aproximadamente 7.300 crianças aguardam por uma colocação.

A prefeitura oferece um programa chamado vale-creche, que destina R$ 1 mil por mês às famílias em lista de espera, mas é necessário que o cadastro tenha sido realizado há, no mínimo, quatro meses — critério que a criança falecida havia acabado de atingir.

A tragédia escancara um problema social que afeta milhares de famílias, obrigadas a recorrer a soluções informais para garantir cuidado aos filhos enquanto trabalham.

A ausência de fiscalização adequada e a demora no acesso à rede pública criam um ambiente propício para riscos como o que resultou na perda irreparável vivida por essa família.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.