A dor de perder um filho é incomparável, mas para uma família do Rio Grande do Sul, o sofrimento foi dobrado e em um curto espaço de tempo. Em apenas oito dias, os avós de Manuela e Antonia Pereira, de seis anos, tiveram que enfrentar o falecimento das duas netas gêmeas.
O luto da família foi marcado por angústia e questionamentos, já que ambas morreram de forma repentina e em circunstâncias semelhantes. As irmãs gêmeas, que viviam em Igrejinha, morreram nos dias 7 e 15 de outubro de 2024.
As causas das mortes ainda estão sendo investigadas, mas a principal suspeita é de que elas tenham sido envenenadas. A mãe das meninas, Gisele Beatriz Dias, de 42 anos, foi presa temporariamente após as suspeitas de envolvimento no caso.
O avô das meninas, Manoel da Cunha Dias, que foi responsável pela guarda das crianças por oito meses, lamentou profundamente as mortes. Ele acredita que, se as gêmeas estivessem sob seus cuidados, elas estariam vivas. “Se elas estivessem comigo, elas estariam vivas hoje. Com certeza. Eu teria cuidado, porque eu sempre cuidei delas bem“, diz o avô.
O avô relembrou momentos de carinho e a ligação forte que tinha com as netas, que sempre o chamavam com alegria. A Polícia Civil investiga a possibilidade de envenenamento ou intoxicação por medicamento.
Ambas as meninas apresentaram sintomas semelhantes antes de falecerem, como parada cardiorrespiratória. O delegado Cleber Lima afirmou que a principal suspeita recai sobre a mãe, que passou por um surto psicótico recentemente, o que poderia ter motivado o crime.
A tragédia continua a chocar a comunidade de Igrejinha, enquanto os órgãos de proteção à infância e as autoridades investigam o que poderia ter sido feito para evitar esse desfecho tão doloroso.
