Em regiões agrícolas, o uso de aeronaves para aplicação de defensivos ou deslocamentos técnicos é prática comum, exigindo protocolos rigorosos de segurança tanto para operadores quanto para trabalhadores no solo.
Ainda assim, acidentes podem ocorrer em decorrência de fatores imprevisíveis, como condições meteorológicas repentinas, colocando em risco a integridade de quem atua nesses ambientes.
Na última terça-feira, um incidente envolvendo um avião agrícola e uma caminhonete resultou na morte de um funcionário de fazenda no município de Porto dos Gaúchos, localizado a cerca de 644 km de Cuiabá.
A vítima, identificada como Vagner Willian de Oliveira, de 33 anos, estava no banco traseiro do veículo no momento do impacto e não resistiu aos ferimentos. A caminhonete trafegava por uma estrada paralela à pista de decolagem quando foi atingida pela aeronave.
Segundo relato prestado pelo piloto à Polícia Militar, a decolagem ocorria conforme o planejado, com destino à cidade de Sorriso, onde o avião passaria por manutenção.
Entretanto, uma rajada de vento inesperada teria alterado a rota da aeronave, fazendo com que ela se deslocasse lateralmente em direção à estrada. O piloto informou que não conseguiu visualizar o veículo antes da colisão e só percebeu o choque ao sentir o contato com uma estrutura abaixo da aeronave.
Dois funcionários que também estavam na caminhonete conseguiram sair por meios próprios, ambos conscientes, e relataram à polícia que não tiveram qualquer aviso prévio, escutando apenas um forte ruído no teto do carro.
O local foi imediatamente isolado para o trabalho da perícia e a Polícia Civil assumiu a investigação para apurar as circunstâncias exatas do ocorrido. Este tipo de situação destaca a importância de planos de segurança bem estabelecidos em áreas de operação agrícola, sobretudo envolvendo tráfego aéreo e terrestre.
A adoção de sinalização, comunicação entre equipes e monitoramento das condições climáticas são medidas essenciais para reduzir riscos e preservar vidas em ambientes rurais.
