A TV Globo apresenta atualmente na faixa vespertina a reprise de “Cabocla”, obra marcante do autor Benedito Ruy Barbosa. Esta produção, que originalmente encantou o público brasileiro em 2004 ao longo de 167 capítulos, traz recordações especiais da atuação de Umberto Magnani.
No papel do fazendeiro Chico Bento, Magnani construiu um personagem memorável, estabelecendo uma parceria significativa com o ator Tony Ramos, que interpretou Boanerges. A química entre os dois atores contribuiu para solidificar a trama política que permeava a narrativa.
A arte frequentemente imita a vida, mas às vezes a vida interrompe a arte de maneira inesperada. Em 2016, Magnani enfrentou seu último desafio profissional na novela “Velho Chico”, também assinada por Benedito Ruy Barbosa.
Na trama das 21 horas, o ator deu vida ao padre Romão, personagem que infelizmente não pôde concluir devido a um problema de saúde súbito ocorrido durante as preparações para as gravações no Rio de Janeiro.
O Hospital Vitória tornou-se o cenário dos momentos finais do talentoso ator, que nos deixou aos 75 anos de idade, no dia 27 de março de 2016, deixando um vazio nas artes cênicas brasileiras.
Para dar continuidade à narrativa de “Velho Chico”, a produção convidou o experiente ator Carlos Vereza para assumir o papel, que foi adaptado e renomeado como padre Benício, garantindo assim a continuidade da trama.
Carlos Vereza, com sua habitual sinceridade, comentou em conversa com a Folha de S. Paulo na época no acontecimento: “Triste o que aconteceu, mas são coisas da profissão. O espetáculo não pode parar”.
A atual reprise de “Cabocla” serve como uma homenagem involuntária ao talento de Magnani, permitindo que novas gerações apreciem sua arte e sua capacidade de dar vida a personagens marcantes.
O legado de Umberto Magnani permanece vivo através de suas interpretações memoráveis, especialmente nas obras de Benedito Ruy Barbosa, onde seu talento encontrou terreno fértil para florescer e marcar gerações de telespectadores brasileiros.
