A tragédia envolvendo Laísa Reis, de 26 anos, e sua filha, Ayla, aconteceu na tarde desta última quarta-feira (5).
A confirmação da jovem e de sua bebê durante o parto comoveu a comunidade da cidade de Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso do Sul.
Laísa, era filha de Paolla Reis, ex-secretária-adjunta da Casa Civil e candidata a vereadora por Cuiabá. Segundo informações, Laísa sofreu uma atonia uterina, uma condição em que o útero não consegue contrair adequadamente, o que pode ter causado uma hemorragia severa.
Sua filha, Ayla, também não resistiu e morreu devido a uma parada cardiorrespiratória. A notícia trouxe grande comoção, e familiares, amigos e seguidores da família manifestaram suas condolências.
Laísa compartilhava nas redes sociais sua jornada de gravidez, sempre ansiosa pela chegada de Ayla, o que torna a perda ainda mais dolorosa para todos os envolvidos.
A situação evidencia os riscos associados ao parto e a importância de cuidados médicos intensivos nesses momentos delicados.
O que é atonia uterina?
A atonia uterina é uma condição grave caracterizada pela incapacidade do útero de se contrair adequadamente após o parto, o que pode levar a hemorragias pós-parto significativas e colocar em risco a vida da mulher.
Essa situação ocorre quando, após a saída da placenta, o útero não consegue contrair-se o suficiente para promover a hemostasia, ou seja, impedir o sangramento dos vasos uterinos.
Certos fatores de risco, como gravidez de gêmeos, obesidade, idade materna inferior a 20 anos ou superior a 40 anos, presença de miomas uterinos e pré-eclâmpsia tratada com sulfato de magnésio, aumentam a chance de atonia uterina.
Para prevenir a atonia, é recomendada a administração de ocitocina durante a terceira fase do trabalho de parto, que promove as contrações uterinas necessárias para evitar o sangramento.
No entanto, se a ocitocina não for eficaz, outras medidas podem ser tomadas, como o tamponamento uterino, a fim de controlar a hemorragia.
Em casos mais graves, pode ser necessária a realização de uma histerectomia total, que envolve a remoção do útero e do colo do útero, para salvar a vida da paciente.
A principal complicação da atonia uterina é a hemorragia pós-parto, que pode evoluir para problemas mais graves, como falência renal ou hepática, alterações na coagulação sanguínea, choque hipovolêmico e até a perda da fertilidade.
Esses riscos tornam a identificação e o tratamento precoce essenciais para evitar consequências fatais.
Em casos extremos, o controle da hemorragia pode requerer intervenções cirúrgicas, como a histerectomia, dependendo da gravidade do quadro.