O clima de rotina escolar foi abruptamente interrompido por cenas de pânico e desespero na manhã desta terça, dia 8 de julho, na cidade de Estação, no norte do Rio Grande do Sul. Pais correram às pressas em direção à Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, em busca de notícias sobre seus filhos.
Professores, visivelmente abalados, tentavam manter a calma enquanto acolhiam os alunos e prestavam os primeiros socorros. O medo estampado nos rostos das crianças e o som das sirenes ecoando no pequeno município com cerca de 6 mil habitantes compuseram um cenário difícil de esquecer.
O motivo de tanta comoção foi um ato inesperado: um adolescente de 17 anos entrou na escola sob o pretexto de entregar um currículo, mas carregava consigo uma faca e artefatos pirotécnicos.
Ele utilizou bombinhas para causar confusão antes de atacar uma turma do ensino fundamental. Uma aluna do terceiro ano foi atingida no tórax e, infelizmente, não resistiu aos ferimentos.
Outras duas crianças ficaram feridas com cortes na cabeça, além de uma professora que também precisou ser hospitalizada. O agressor foi contido ainda no local por adultos presentes e está sob custódia da Polícia Civil, que investiga o caso.
O prefeito da cidade, Geverson Zimmerman, relatou que o jovem entrou de forma aparentemente pacífica e só após já estar dentro da escola iniciou o ataque. O sentimento predominante na cidade é de perplexidade e luto.
A escola, que acolhe 152 alunos e é referência na comunidade, interrompeu as atividades. Psicólogos e assistentes sociais estão sendo mobilizados para oferecer apoio às famílias e aos funcionários. Entrevista com prefeito da cidade trouxe mais detalhes:
A comunidade agora busca entender o que motivou o ataque, enquanto tenta se reerguer após o abalo. O episódio levanta, mais uma vez, debates urgentes sobre segurança em instituições de ensino e o acesso de pessoas externas aos ambientes escolares.