Uma noite que deveria ser marcada apenas por um momento de lazer entre amigos se transformou em tragédia no Ceará. Quatro homens foram assassinados brutalmente durante um ataque a tiros em um campo de futebol no bairro Barra do Ceará, em Fortaleza.
As vítimas Pedro Henrique, Carlos Johnson, Estefany da Silva e Evandro Igor tinham entre 16 e 34 anos e foram surpreendidas enquanto jogavam bola, sem qualquer chance de defesa. Cada um deles carregava sonhos, famílias e rotinas comuns, interrompidas de forma violenta e covarde.
Pedro Henrique, com apenas 16 anos, era uma promessa do futebol. Havia feito testes em clubes locais como Ceará e Fortaleza, e sonhava em jogar profissionalmente. Carlos Johnson, de 31 anos, era feirante e estava no local com o filho, apenas para assistir à partida, sua esposa está grávida.
Estefany Ribeiro, de 34, motoboy, era frequentador habitual do campo e deixa dois filhos. Já Evandro Igor, de 26 anos, trabalhava como pedreiro e também era pai. Segundo relatos de testemunhas, o massacre foi cometido por criminosos que usavam camisas com a inscrição “Polícia Civil”, o que aponta para um crime meticulosamente planejado.
Dois homens morreram ainda no campo, enquanto outros dois faleceram após serem levados ao hospital. Quatro suspeitos foram capturados após perseguição: três adultos e um adolescente. Armas, drogas e munições foram apreendidas.
O ataque, que parece estar ligado a disputas entre facções criminosas, ocorre dias após o assassinato de duas influenciadoras na mesma região e uma série de outros atentados. A sequência de crimes gerou um colapso no cotidiano da população, com escolas fechadas e transporte público alterado.
Diante da situação, o governo estadual prometeu intensificar ações policiais e prender os envolvidos. Enquanto isso, famílias enlutadas tentam compreender como a violência urbana transformou um campo de futebol em cenário de horror.