Após modificar o verso da música “Caranguejo” de “Saudando a rainha Iemanjá” para “Eu canto meu Rei Yeshua” (referência a Jesus em hebraico), Claudia Leitte gerou grande controvérsia, sendo acusada de intolerância religiosa.
A mudança provocou forte reação entre os representantes do Axé Music e repercutiu amplamente nas redes sociais. Um desdobramento do caso foi a descoberta de que Claudia Leitte e Ivete Sangalo deixaram de se seguir no Instagram.
Embora não se saiba quem tomou a iniciativa, o episódio parece estar ligado à polêmica envolvendo a cantora e a religião de matriz africana. O Ministério Público da Bahia abriu um inquérito para apurar a situação, considerando as acusações de preconceito religioso.
O debate ganhou intensidade após uma declaração pública de Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo de Salvador. Ele repreendeu Claudia Leitte por sua postura, enfatizando a importância de respeitar as raízes do Axé Music, que tem origem nas culturas e religiões africanas.
Tourinho destacou o papel central dos tambores, ritmos e elementos culturais negros na música e apontou a necessidade de corrigir desigualdades históricas. A reação à fala de Tourinho foi amplamente apoiada por figuras públicas, como a própria cantora e entre outros famosos, que deixaram comentários elogiando a posição do secretário.
Tourinho também apontou que a trajetória de Claudia Leitte, agora evangélica, contrasta com a reverência às tradições afro-brasileiras que moldaram o Axé. Ele defendeu que as celebrações dos 40 anos do Axé Music, marcadas para 2025, sejam acompanhadas por uma reflexão crítica, garantindo justiça e respeito às suas origens culturais.
O gestor encerrou pedindo equilíbrio nas discussões, destacando que seu objetivo é promover diálogo e conscientização. E diante disso, parece que toda essa situação resultou em que as duas cantoras não se seguem mais nas redes sociais.