A exposição nas redes sociais pode se tornar um campo minado para influenciadores, especialmente quando envolvimentos não intencionais acabam associados a nomes e símbolos ligados ao crime organizado.
Esse foi o caso de Vinícius Oliveira Santos, mais conhecido como Boca de 09, que se viu no centro de uma polêmica após uma imagem sua viralizar na internet.
Na foto, o influenciador aparece usando um cordão de ouro com as iniciais “GVT”, abreviação que remete ao apelido “Gravetinho”, vinculado ao traficante Diego Pinto de Albuquerque, suposto líder do Comando Vermelho em comunidades do Rio de Janeiro.
A repercussão foi imediata e trouxe consigo não apenas críticas, mas também ameaças virtuais, levando Boca de 09 a se manifestar por meio de um vídeo nas redes sociais. No pronunciamento, ele afirmou desconhecer a origem da joia e negou qualquer vínculo com organizações criminosas.
Segundo seu relato, a foto foi tirada de forma casual durante um show de funk em uma comunidade carioca, onde ele foi abordado por pessoas do público que lhe ofereceram o cordão apenas para o registro fotográfico.
O influenciador destacou que, ao tomar conhecimento do real significado das iniciais presentes no acessório, apagou imediatamente a imagem de suas redes, tentando conter a repercussão negativa.
Ele reforçou que não possui qualquer tipo de envolvimento com facções ou atividades ilícitas e que seu foco é exclusivamente no entretenimento e na criação de conteúdo digital.
https://www.instagram.com/reel/DIyq2Lrp4Lq/
O episódio evidencia como a imagem pública de influenciadores pode ser rapidamente comprometida por ações aparentemente inofensivas. Em um ambiente digital onde a vigilância do público é constante, o cuidado com símbolos, associações e atitudes se torna essencial.
A situação de Boca de 09 também reacende o debate sobre responsabilidade nas redes e os riscos de exposição em eventos com múltiplas influências sociais e culturais.