A tensão entre os Estados Unidos e o Brasil vem escalando progressivamente, com um novo capítulo envolvendo o ministro Alexandre de Moraes. Após decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) que impactaram plataformas digitais americanas, o governo dos EUA manifestou preocupação, classificando as ações como uma ameaça à liberdade de expressão.
Em resposta, o Itamaraty repudiou as críticas, acusando os norte-americanos de distorcerem o sentido das decisões do STF e de tentarem politizar o caso. A declaração do governo dos EUA foi publicada pelo Bureau de Assuntos para o Hemisfério Ocidental. Veja a publicação do órgão americano criticando ação:
O governo americano quis destacar que penalizar empresas sediadas nos Estados Unidos por se recusarem a censurar indivíduos em seu território é incompatível com valores democráticos.
A manifestação faz referência direta às decisões de Moraes, que ordenou multas contra plataformas digitais, como o Rumble, por não cumprirem determinações judiciais brasileiras.
Em resposta, o Itamaraty emitiu uma nota afirmando que recebeu com “surpresa” a posição americana e reforçando que as decisões do STF têm como objetivo garantir a aplicação das leis brasileiras dentro do território nacional. Veja reportagem com mais detalhes sobre a nota brasileira sobre o caso:
O documento também ressaltou que a liberdade de expressão deve ser exercida dentro dos limites da legislação, especialmente quando há risco de disseminação de desinformação e ameaça à ordem democrática.
O embate entre os dois países aumenta a pressão sobre Moraes, que já enfrenta críticas internas e agora vê seu nome envolvido em um impasse diplomático. Com a crescente resistência de autoridades americanas, há dúvidas sobre como essa crise pode impactar as relações entre Brasil e EUA e se novas sanções contra o ministro poderão ser adotadas.
