Nesta semana, um pronunciamento de Mark Zuckerberg causou repercussão mundo afora, inclusive no Brasil. O dono da Meta – empresa por trás de Facebook, Instagram, Whatsapp e Threads – anunciou que vai mudar a política de checagem de fatos.
Desde 2016, o Instagram contava com uma parceria com instituições independentes que faziam checagem de fatos. O sistema combatia a disseminação de notícias falsas, em especial no mundo político.
No entanto, com a vitória de Donald Trump nos EUA, a Meta parece estar focada em se alinhar com as ideias do mandatário. Não apenas no Brasil, mas também em países europeus, a mudança foi recebida com apreensão.
Em declaração pública, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a empresa vai precisar operar dentro da legislação brasileira se quiser funcionar no país.
“Aqui no Brasil, a nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, [as redes sociais] só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs”, declarou o ministro.
Moraes não falou diretamente sobre a Meta ou sobre Zuckerberg, mas o recado foi claro. Vale lembrar que o X (Twitter) chegou a ficar mais de um mês fora de operação no Brasil, por desafiar a jurisdição brasileira.
Além do Brasil e de países da Europa, a Austrália também vem travando embates com as chamadas Big Techs. Em vários países, a operação das plataformas já chegou a entrar em embate com o sistema jurídico local.
No Brasil, a ala de extrema direita da política comemorou o anúncio feito por Mark Zuckerberg. Nos EUA, Trump é um dos principais representantes da extrema direita.