Nesta terça-feira (18/02), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por crime de tentativa de golpe de estado. Ao longo dos meses em que foi investigado, Bolsonaro falou sobre as acusações em algumas ocasiões.
Bolsonaro é acusado tramar um golpe de estado em 2022, quando perdeu as eleições para o atual presidente Lula. Desde que foi investigado pela Polícia Federal, Bolsonaro negou as acusações.
Em diversas ocasiões, o ex-presidente afirmou que estava sendo perseguido e acusou Alexandre de Moraes. O ministro do Supremo Tribunal é relator do caso que resultou no inquérito da PF.
Ao longo dos meses, Bolsonaro chegou a admitir que discutiu a possibilidade de decreto de estado de sítio após a derrota nas eleições, mas afirmou que desistiu da ideia logo na sequência.
O ex-presidente nega, no entanto, que tenha participado de discussões sobre golpe de estado. Contra Bolsonaro, dentre outras provas, a PM encontrou um documento, que ficou conhecido como “minuta do golpe”, na sala do ex-presidente na sede do Partido Liberal, em Brasília.
Inicialmente, Bolsonaro afirmou que o documento encontrado pela PF era parte de um inquérito, do qual Moraes seria relator, que seus advogados teriam conseguido. O ex-presidente, no entanto, depois mudou a versão e passou a alegar que o documento não previa um golpe.
Bolsonaro passou a alegar que estudou medidas “dentro das quatro linhas” da Constituição, incluindo a possibilidade de decretar estado de sítio. O ex-presidente então passou a afirmar que tudo seria feito dentro da constituição.
“Eu jamais compactuaria com qualquer plano para dar um golpe. Quando falavam comigo, era sempre para usar o estado de sítio, algo constitucional, que dependeria do aval do Congresso”, afirmou.
Nas últimas semanas, conforme crescia a ansiedade sobre a decisão da PGR, Bolsonaro minimizou a situação e afirmou que não estava preocupado. O ex-presidente, no entanto, sempre insistiu que estava sendo perseguido.