Este caso ganhou enorme repercussão após se tornar destaque nos principais portais de notícias do Brasil. Uma jovem identificada como Victória Aragão, de 14 anos, foi vista com vida pela última vez no dia 26 de agosto, quando saiu de casa para encontrar com dois amigos, contudo, ela nunca mais voltou.
Três dias após seu desaparecimento, um corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição no dia 29 de agosto, no distrito de Galante, localizado no município de Campina Grande, que fica no interior do estado da Paraíba, os agentes de segurança ficaram perplexo diante do que encontraram.
O corpo estava tão deteriorado que não possível precisar se era um homem ou uma mulher, foi necessário realizar exames complementares para conseguir a identificação e foi comprovado que se tratava de Victória Aragão. A Polícia Civil se dedicou ao caso com afinco e chegou até os responsáveis pelo assassinato brutal de Victória.
De acordo com o delegado Ramirez São Pedro, dois primos, um adolescente de 15 anos e uma jovem de 16 anos foram apreendidos sob a acusação de ter cometido o crime que segundo o agente de segurança planejaram a execução da garota.
Para ele, não restam questionamentos de que os primos são os responsáveis pelo assassinato e que a jovem foi atraída e levada ao local perdeu a vida. O investigador declarou que os telefones dos suspeitos foram confiscados e que foi viável recuperar conversas em que ambos abordavam o tema, por cerca de duas semanas.
Adicionalmente, a Polícia Civil constatou que ambos realizaram buscas sobre a manipulação e consequências de substâncias químicas no organismo humano. Outro aspecto que despertou a atenção das autoridades foi o fato de que a dupla tentou fabricar indícios na residência de um terceiro jovem na tentativa de incriminá-lo.
Contudo, os dois teriam admitido envolvimento no homicídio e as investigações apontam que não há uma terceira pessoa envolvida no assassinato. O delegado ainda destacou que a motivação do crime pode ser uma paixão não correspondida, “um desacerto afetivo”, entre o rapaz e vítima.
No que diz respeito à aplicação das substâncias químicas, Marcio Leandro, o diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), afirmou que os efeitos desses compostos no organismo da jovem foram devastadores.
“Não era possível identificar os órgãos internos da menina, o couro cabeludo já estava fora do crânio, metade do corpo estava irreconhecível. Isso comprova o uso de substâncias químicas para tentar esconder o corpo”, comenta.