Um caso trágico envolvendo duas adolescentes de 17 anos gerou comoção e indignação em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. No último fim de semana, a jovem Ana Luiza de Oliveira Neves morreu após ingerir um bolo de pote envenenado com arsênico, substância tóxica e altamente letal.
A polícia confirmou que outra adolescente, da mesma idade, confessou ter sido a responsável por preparar e enviar o doce, alegando ter agido por ciúmes e com a intenção, segundo ela, de apenas “dar um susto” na vítima.
Ana Luiza recebeu o alimento em casa na tarde de sábado, acompanhado de um bilhete com uma mensagem carinhosa. Menos de uma hora após consumir o doce, a jovem começou a passar mal e relatou o ocorrido a um amigo por mensagem.
O rapaz demonstrou preocupação e a alertou sobre o perigo de ingerir alimentos de origem desconhecida. A adolescente foi levada pelo pai a um hospital particular, onde recebeu atendimento, foi medicada, hidratada e, após aparente melhora, recebeu alta.
No entanto, o quadro se agravou no dia seguinte. Por volta das 16h de domingo, Ana Luiza foi novamente levada ao pronto-socorro, desta vez já sem sinais vitais. A equipe médica constatou parada cardiorrespiratória, cianose, hipotermia e ausência total de batimentos cardíacos e respiração.
Apesar dos esforços de reanimação, ela não resistiu. O boletim de ocorrência classificou a morte como suspeita, e exames confirmaram intoxicação alimentar como a causa. A investigação policial resultou na apreensão do bolo, da embalagem, de doces adicionais e do bilhete.
Após o depoimento da adolescente que confessou o crime, a Polícia Civil solicitou à Justiça a sua apreensão. A Secretaria da Segurança Pública confirmou a confissão e segue acompanhando o caso.
Esse episódio serve como um alerta sobre os perigos dos impulsos emocionais extremos entre jovens e da necessidade urgente de educação emocional e prevenção de violência nas relações interpessoais.
A perda irreversível de uma vida tão jovem escancara os riscos de atitudes impensadas e reforça a importância de políticas públicas voltadas ao apoio psicológico de adolescentes.