Nessa semana, mais um caso assustador veio à tona e revela os perigos do mundo obscuro das redes sociais. Um adolescente, de 16 anos, foi apreendido por abusar do próprio irmão, de 5 anos de idade, filmar os crimes e disponibilizar os vídeos na internet.
O caso foi descoberto “por acaso”, uma vez que o alvo da polícia era outro. De acordo com informações sobre o caso, a Polícia Civil de São Paulo tinha como alvo um homem adulto que era investigado por manter e distribuir pornografia infantil.
Em 2024, o homem, identificado apenas como Gabriel, foi alvo da Polícia Federal. Um vaso material foi apreendido e, durante as análises, a polícia rastreou um adolescente de Paraisópolis, em São Paulo. O caso então passou a ser investigado em conjunto com a Polícia Civil de SP.
A polícia identificou o adolescente e constatou que o menor vinha abusando do próprio irmão a mando do alvo inicial da Polícia Federal. Durante a investigação, a polícia constatou que o adolescente acreditava estar conversando com uma garota, também adolescente.
Nas conversas, ele era induzido a abusar do irmão e o fazia por acreditar que estava agradando uma menina. Do outro lado da conversa, no entanto, era um adulto aliciador. O adolescente foi apreendido por ato infracional análogo a estupro de vulnerável e encaminhado a Fundação Casa.
As conversas criminosas, e troca de conteúdo criminoso, aconteciam por meio do aplicativo Zangi. À polícia, os pais do adolescente se mostraram surpresos e afirmaram não ter o menor conhecimento dos crimes. A criança, de cinco anos, foi encaminhada a atendimento psicológico.
O caso é um desdobramento da Operação Nix, que foi deflagrada em 2024 e tinha como alvo uma rede de pedofilia e distribuição de pornografia infantil. Em São Paulo, o caso deu origem ao Núcleo de Observação e Análise Digital, que visa monitorar as redes sociais afim de interceptar esse tipo de crime.