O motorista Arilton Bastos Alves, de 49 anos, segue preso após determinação da Justiça. Ele conduzia a carreta envolvida em um acidente, em dezembro do ano passado, que causou a morte de 39 pessoas.
A ordem de prisão foi decretada após exames apontarem que o caminhoneiro estava com drogas em seu organismo. Além disso, as investigações também revelaram que a carreta estava com peso excessivo e acima da velocidade.
Já nesta quarta-feira (22/01), a defesa do caminhoneiro se manifestou e contestou o laudo que apontou a presença de drogas. Raony Fonseca Scheffer Pereira conversou com o portal ig e negou que seu cliente estivesse sob efeito de substâncias.
Segundo o advogado, “nenhum exame tem como atestar de maneira categórica que Alves bebeu ou usou drogas no momento do acidente”. O advogado também vai questionar as condições em que foram colhidas as amostras.
“A defesa não teve acesso aos exames toxicológicos que indicaram a suposta presença de substâncias psicoativas no organismo. Mas eles não comprovam que ele tenha feito uso de álcool, utilizado qualquer substância entorpecente durante a viagem e muito menos que estava sob o efeito de qualquer bebida”, declarou.
A Polícia Civil também realizou uma coletiva de imprensa nesta quarta e fez novas declarações. Segundo as autoridades, os exames apontaram que o motorista havia feito uso de antidepressivo (venlafaxina) e ansiolítico (alprazolam), além das demais substâncias.
O motorista carregava duas peças de granito, cujo peso total era de cerca de 68 toneladas. A polícia acredita que uma das pedras tenha se soltado e se chocado com um ônibus, que acabou causando o acidente e resultando em 39 mortes.
Além dos medicamentos, o motorista também teria consumido ecstasy e cocaína, além de bebida alcoolica. Após o acidente, ele fugiu e se apresentou à polícia apenas dois dias depois.