Na manhã deste último sábado (20), aproximadamente 15 pessoas estiveram presentes no sepultamento de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, no Cemitério de Campo Grande, situado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Paulo foi levado sem vida por Erika de Souza Vieira Nunes a uma agência bancária na última terça-feira, com o intuito de solicitar um empréstimo de R$ 17 mil, um evento que gerou grande repercussão tanto nacional quanto internacionalmente.
Em meio à profunda comoção dos familiares, que se uniram em uma corrente de oração, o corpo de Paulo foi finalmente sepultado após o velório realizado na capela 1 do local, com o enterro durando aproximadamente 40 minutos.
Durante o cortejo, os familiares optaram por não interagir com a imprensa. Um pastor conduziu momentos de oração para Erika, que se apresentou como sobrinha da vítima.
O corpo de “Tio Paulo” permaneceu por quase dois dias nas dependências do Instituto Médico-Legal (IML), à espera da documentação necessária dos parentes para autorizar o sepultamento social requisitado à prefeitura do Rio de Janeiro.
A autorização para o sepultamento foi concedida mediante a assinatura da declaração por Ana Fátima, sobrinha de Paulo Roberto. Ana Carla de Souza Corrêa, representante legal de Erika, afirmou que os familiares têm plena confiança na inocência de sua cliente.
Erika está sob tratamento com medicamentos robustos para lidar com a depressão, uma condição que os parentes consideram que possa ter afetado o desenrolar dos eventos, mas eles refutam veementemente qualquer insinuação de uma tentativa de golpe.
Relembre o caso
A 34ª Delegacia de Polícia (Bangu) está conduzindo uma investigação para esclarecer mais detalhes sobre o incidente, incluindo a possível participação de outras pessoas.
Em seu depoimento às autoridades policiais, Erika relatou que ela e Paulo eram vizinhos e que, a pedido dele, saíram de casa no dia 16 de abril para ir ao banco, que fica a cerca de 400 metros de distância.
O delegado encarregado do caso, Fábio Luiz da Silva Souza, da 34ª DP, mencionou que entre os dias 15 e 16 de abril, Erika e Paulo estiveram em três instituições financeiras em busca de crédito.
Além das agências do Itaú e do BMG, ambas localizadas em Bangu, o delegado afirmou que os dois também estiveram em uma filial da Crefisa, cujo endereço não foi divulgado.
Também foram identificadas tentativas de compra de celulares. A polícia solicitou a quebra do sigilo bancário para averiguar se houve outras transações na conta de Paulo Roberto antes desse episódio.
