O trágico incêndio que atingiu uma pousada em Porto Alegre na madrugada de sexta-feira (26) deixou um rastro de dor e destruição, com 10 vítimas fatais e 11 pessoas feridas. Marcelo Wagner, de 56 anos, sobrevivente do incêndio, compartilhou sua angústia ao relatar a preocupação com sua irmã que morava com ele.
Negligência! 🚨
Um incêndio atingiu uma pousada na
Avenida Farrapos, em Porto Alegre. Nove pessoas morreram, sendo que oito corpos estavam completamente carbonizados. O local não possui alvará e nem Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI). pic.twitter.com/Lk7quGaFyi
— Daiana Santos (@daianasantospoa) April 26, 2024
Segundo Wagner, o fogo se propagou rapidamente, deixando pouco tempo para reação. Ele descreveu a cena como caótica, com muito fogo e fumaça, o que dificultou a fuga. “Acho que minha irmã não conseguiu sair. Ela morava lá em cima”, desabafou ele.
O incêndio que vitimou 10 pessoas em Porto Alegre me deixou profundamente entristecido. Muitas vezes estive na região da Farrapos acolhendo demandas de usuários das pousadas.
Me solidarizo com o povo em situação de rua e em extrema vulnerabilidade!
Mas, também estou indignado:… pic.twitter.com/ppKXg1PXM2
— Matheus Gomes (@matheuspggomes) April 26, 2024
A tragédia se tornou ainda mais dramática com relatos de outros sobreviventes, como a técnica de enfermagem Joneisa Garcia, que testemunhou o desespero de uma das vítimas, gravemente ferida após se lançar do terceiro andar para escapar das chamas. “Era muito fogo”, contou ela.
Tristeza profunda! Não se fala de outra coisa hoje em POA: esta tragédia terrível; 10 mortos no incêndio da pousada de acolhimento a pessoas em situação de rua. O que sabemos até agora é que o prédio nunca poderia abrigar uma pousada. Rigor total na investigação! pic.twitter.com/zmmVVA0m2w
— Miguel Rossetto (@MiguelSRossetto) April 26, 2024
O incêndio, cuja causa ainda não foi determinada, mobilizou equipes de resgate e deixou a comunidade em choque. A pousada, localizada na Avenida Farrapos, era frequentada por pessoas em situação de vulnerabilidade social e não possuía alvará de funcionamento nem plano de proteção contra incêndios.
A tragédia desperta questionamentos sobre a segurança e a regularização de estabelecimentos que abrigam pessoas em situação de vulnerabilidade. De acordo com o corpo de bombeiros, os quartos eram muito próximos, o que facilitou a propagação do fogo.
Enquanto a cidade lamenta as vidas perdidas e presta solidariedade aos familiares das vítimas, as autoridades investigam as circunstâncias do incêndio e buscam medidas para evitar que tragédias como essa se repitam.